sexta-feira, 14 de maio de 2010

EWA

Ewà
Aspectos Gerais Dia: Sábado Data: 13 de dezembro Metal: Ouro, prata e cobre. Cor: Vermelho maravilha, coral e rosa Comida: Banana inteira feita em azeite de dendê com farofa do mesmo azeite, feijão fradinho. Símbolo: Ejô ( cobra ) e espada, Ofá (lança ou arpão), cabaça com cabo alongado enfeitado com palha da costa, palmeira de leque, espingarda. Elementos: florestas, céu rosado, astros e estrelas, água de rios e lagoas. Região da África: Mahi ou Egbado Pedras: rubí e quartzo rosa Folhas: Teteregun (cana do brejo), folha de Santa Luzia, Ojú Orô, Osibatá Odú que rege: Obeogundá Domínios: beleza, vidência (sensibilidade, sexto sentido), criatividade Saudação: Ri Ro Ewá
Orígem e História Ewá é uma bela virgem que entregou seu corpo jovem a Xangô, marido de Oya, despertando a ira da rainha dos raios. Ewá refugiou-se nas matas inalcançáveis, sob a proteção de Oxossi, e tornou-se guerreira valente e caçadora abilidosa.Conseguiu frustrar a vingança de Oyá, afastou de si a morte certa. É isso o que mostra um de seus mais belos Orikís: Era mais do que o medo...Era o medo...Era a noite, na noite do medo...Era o vento, era a chuva, era o céu, era o ar...Era a vingança de Oyá...EpaHei!Assustava o escuro da noite e assustava a luz azulada dos raios...O silêncio se ouvia da noite nos pés medrososQue corriam sobre as poças de água na areia batida.Até o silêncio fugia do rugido do trovão...Era o medo, era mais do que o medo de EwáCorrendo com os pés descalços sobre as poças de areia batida.O mar lambia seus pés, Querendo tragá-la por sua boca faminta de coisas vivas.A noite engolia em sua goela escura e a vomitava no clarão dos raios...A luz azulada dos raios brilhando no corpo nú e úmido de Ewá.....As virgens contam com a proteção de Ewá e, aliás, tudo que é inexplorado conta com a sua proteção: a mata virgem, as moças virgens, rios e lagos onde não se pode nadar ou navegar. A própria Ewá acreditam alguns, só rodaria na cabeça de mulheres vírgens (o que não se pode comprovar), pois ela mesma seria uma virgem, a virgem da mata virgem dos lábios de mel.Ewá domina a vidência, atributo que o deus de todos os oráculos, Orunmilá lhe concedeu. Na África, o rio Yewá é a morada dessa deusa, mas sua orígem gera polêmicas. A quem diga que, a exemplo de Oxumaré, Nanã, Omulú e Iroko, Ewá era cultuada inicialmente entre os Mahi e foi assimilada pelos Iorubás e inserida em seu panteão. Havia um Orixá feminino oriundo das correntes do Daomé chamado Dan. A força desse Orixá estava concentrada em uma cobra que engolia a própria cauda, o que denota um sentido de perpétua continuidade da vida, pois o círculo nunca termina.Ewá seria a ressignificação de Dan ou uma de suas metades --A outra seria Oxumaré. Existem, porém, os que defendem que Ewá já pertencia à mitologia Nagô, sendo originária na cidde de Abeokutá. Estes, certamente, por desconhecer o panteão Jeje --No qual o Vodun Eowa, da família Danbirá, seria o correspondente da Ewá dos Nagô, --Confundem Ewá com uma qualidade de Yemonjá. Erram porque Ewá é um Orixá independente, mas sua orígem não se esclarece sequer entre os Jeje, pois em respeitados templos de Voduns afirma-se que Eowa é Nagô.Eowá foi uma cobra muito má e por isso foi mandada embora. Acabou encontrando abrigo entre os Iorubás, que a transformaram em uma cobra boa e bela, --A metade feminina de Oxumaré. Por esse motivo, Oxumaré e Ewá, em qualquer ocasião, dançam juntos. Notas bibliográficasCandomblé. A panela do segredo - Pai Cido de Osun Eyin - 2000
Características dos filhos de Ewá Pessoas de beleza exótica, diferenciam-se das demais justamete por isso. Possuem tendência a duplicidade: Em algumas ocasiões podem ser bastante simpáticas, em outras são extremamente arrogantes; às vezes aparentam ser bem mais velhas ou parecem meninas, moças ingênnuas e puras. Apegadas à riqueza, gostam de ostentar, de roupas bonitas e vistosas, sempre acompanham a moda, adoram elogios e galanteios. São pessoas altamente influenciáveis, que agem conforme o ambiente e as pessoas que a cercam, assim, podem ser contidas damas da alta sociedade quando o ambiente requisitar ou mulheres populares, falantes e alegres em lugares menos sofisticados. São vivas e atentas, mas sua atenção está canalizada para determinadas pessoas ou ocasiões, o que as leva a se desligar do resto das coisas. Isso aponta certa distração e dificuldade de concentração, especialmente em atividades escolares. Notas bibliográficasCandomblé. A panela do segredo - Pai Cido de Osun Eyin - 2000

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